quarta-feira, 22 de maio de 2013

1ª Oficina:

Conteúdo específico: Trabalho e sociedade atualidade. Relações de trabalho, papel socioeconômico do indivíduo, preconceito, exploração, desigualdade.

Objetivos da oficina:
•    Problematizar o conceito de “Trabalho” nos dias atuais;
•    Refletir sobre a importância dos trabalhadores e acerca de seu reduzido reconhecimento em algumas situações socioeconômica;
•   Compreender a importância de se atualizar e se aperfeiçoar profissionalmente utilizando as ferramentas digitais.

Procedimentos: Sala de aula
Será entregue aos alunos uma cópia do texto “Isso sim é trabalho!”, para ser feita uma leitura individual e posteriormente uma reflexão sobre o texto. Após isso será feito um contra ponto utilizando a música “Cidadão” Zé Ramalho.  Atividade reflexiva para trazer respondida na próxima aula: O que o mercado de trabalho espera de nós?

Recursos utilizados:
  -   Sala de informática;
  - Cópias dos textos (anexo 1, 2);
  -  Música;
 -  Radio.

Formas de avaliação: A avaliação vai ser contínua e formativa. Os educandos serão avaliados de diversas formas, dentre as quais destacam-se:
- avaliação atitudinal (postura em sala de aula, respeito aos colegas e ao professor, pontualidade, material, entrega de tarefas e participação em sala de aula);

Textos:



Isso sim é Trabalho!

Fala-se em trabalho a todo momento e por toda parte. Só essa constatação já demonstra a importância dele para a nossa sociedade. Mas o que é trabalho? Quem trabalha?
Bom, você já deve ter escutado alguém dizer que as abelhas e as formigas, enfim, que os animais trabalham. É certo, que também os animais produzem, mas será que eles podem produzir pensando em expectativas futuras como nós pensamos?
Creio que não, pois, os animais interagem com a natureza de forma inconsciente, não cumulativa, visando atender suas necessidades imediatas, diferente do homem, que produz conscientemente, que produz o que precisa e o que não precisa para viver, que produz para hoje e para daqui a vinte anos. Apenas, nós, os seres humanos projetamos. Só os homens trabalham!
Ao observarmos a forma como nós nos organizamos socialmente para produzir, ou seja, as relações de produção, que poderemos identificar o modo de produção, ou seja, o sistema econômico que estamos vivendo.
Então, responda: Que modo de produção vivemos hoje? Para responder essa pergunta você tem apenas duas alternativas, ou pergunta para o seu professor ou procura pensar como tem sido organizado o nosso processo de produção.
Se você optou pela segunda alternativa pense primeiro num trabalhador assalariado.
Isso, aquele que recebe salário. Veja que este trabalhador deve ter um patrão, que é quem lhe paga todo mês uma quantia em dinheiro por um serviço executado, ou seja, o patrão é aquele que compra a capacidade de trabalhar de alguém, que compra a força de trabalho desse trabalhador, é o dono das ferramentas de trabalho e do produto do trabalho. E o trabalhador, nesse nosso sistema econômico, é aquele que nada tem, a não ser a capacidade de trabalhar (a força de trabalho), que ele vende em troca do salário.
Agora, me responda uma pergunta muito fácil! O patrão paga toda a riqueza que o trabalhador produz? A Resposta é bem simples: não!
Paga apenas uma parte para que o trabalhador sobreviva e volte no dia seguinte para vender sua capacidade de trabalho novamente, e o restante, o lucro, você já deve imaginar com quem fica. Assim podemos identificar a mais-valia, o trabalhador fica apenas com uma pequena parcela do que produz e o patrão fica com o lucro. Você pode observar também que no modo de produção que vivemos existe uma crescente divisão técnica do trabalho e uma divisão social do trabalho.
A divisão técnica do trabalho é uma maneira que encontraram de aumentar a produtividade do trabalhador, de aumentar o trabalho.
Nada mais é do que separar, por exemplo, a produção de bombons em etapas e fazer com que os trabalhadores sejam especialistas apenas em uma das fases e não trabalhem em todas as etapas da produção de bombons.
Assim caba gerando a alienação, o trabalhador se torna alheio, indiferente ao que ele produz. O trabalhador não conhece todas as etapas da produção e pode até nem saber a utilidade do que está produzindo.
Já a divisão social do trabalho é a divisão entre o trabalho físico e o trabalho intelectual. Você já ouviu aquela frase? “Você é pago para trabalhar e não para pensar!” Uns são pagos para executar tarefas intelectuais e geralmente ganham mais e têm maior prestigio junto a sociedade, como acontece com os advogados. E outros trabalhadores que dispõe maior força física, como os pedreiros ganham menos em relação aos médicos, porque entende-se de forma errada que seu trabalho não denota intelecto. Pois é, isso é o reflexo a divisão desigual que se dá em nossa sociedade ao saber útil para a produção. A exploração dos trabalhadores existe no mundo inteiro, graças ao sistema capitalista que tem como prioridade o lucro. É só através da educação que os trabalhadores, as pessoas em geral poderão se libertar de tais jugos capitalistas, porque é através da educação que um povo pode reivindicar melhor seus direitos.
(ROCHA, Priscila P. Adaptado de SANTOS, Cláudia F G e SILVA, Mariana P C)



 Cidadão - Zé Ramalho

Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas prá ir, duas prá voltar
Hoje depois dele pronto
Olho prá cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?"
Meu domingo tá perdido
Vou prá casa entristecido
Dá vontade de beber
E prá aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer...

Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...

Tá vendo aquela igreja moço
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:

"Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra

Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar"

Hié! Hié! Hié! Hié!
Hié! Oh! Oh! Oh!

Fonte: http://www.vagalume.com.br/










Nenhum comentário:

Postar um comentário