Conteúdo específico: Profissões e cursos técnicos; habilidades profissionais; teste
vocacional.
Objetivos da aula:
• Compreender a importância dos estudos
para a vida do individuo;
• Identificar as áreas de cada curso
técnico ou universitário;
Procedimentos: 9ª Oficina – Sala de aula
A proposta desta aula é que os alunos elaborem um texto que evidencie suas
ideias sobre o tema: “Experiência e qualificação... o que
significa isto?” Exponha
suas ideias sobre o assunto e argumente com solidez para que seu texto explore
a problemática imposta pelo tema. Levante argumentos, análises e reflexões que
explorem o recorte temático.
Tema: Experiência e qualificação... o
que significa isto?
DIEESE (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), órgão de assessoria e
pesquisa dos sindicatos dos trabalhadores, realiza mensalmente pesquisa de
emprego e desemprego no país. Nas pesquisas realizadas, é possível identificar
como o desemprego atinge, majoritariamente, a população jovem, de 15 a 24. Uma das causas é a falta
de experiência e qualificação, ou seja, devido à idade e pelo fato de ainda não
possuírem um conhecimento técnico específico para realizar as funções relativas
àquela ocupação. Esses conhecimentos podem ser obtidos por meio da educação, de
cursos técnicos, universidades e também na prática, ou seja, na experiência
cotidiana. Daí vem uma questão levantada por muitos jovens: como os
empregadores podem exigir experiência, se o jovem não tiver uma primeira
chance, oportunidades de transmitir e adquirir saberes no mercado de trabalho?
O que significa experiência? Investigando a origem da palavra, quer dizer sair,
percorrer através, ou seja, os conhecimentos adquiridos ao longo da vida e que
vão sendo incorporados, conformando o que nós somos.
Recursos utilizados: Cópias da atividade;
Formas de avaliação: A avaliação será
realizada feita por meio da observação em relação ao interesse, à participação,
ao desenvolvimento das atividades produzidas oralmente ou por escrito.
Texto:
Texto:
PARA QUEM NÃO TEM
EXPERIÊNCIA
Desempregados de até 24 anos enfrentam
dificuldades na hora de entrar no mercado de trabalho. de Paulo Paim
Pesquisas divulgadas
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos –
DIEESE, sobre emprego e desemprego, denunciam que os jovens representam 45,5%
dos desempregados, quase metade de todos os desempregados do país.
Segundo o DIEESE, dos
3,2 milhões de desempregados pesquisados nas regiões metropolitanas de São
Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Distrito Federal, 1,5
milhão são jovens de até 24 anos.
A população
economicamente ativa com mais de 16 anos é minoria entre os que conquistaram um
posto de trabalho. A fase mais crítica compreende o período entre os 16 e os 24
anos. Justamente porque é esta a fase da vida que coincide com a conclusão de
uma formação e a busca de uma vaga no mercado de trabalho.
Sabemos que a
necessidade de uma colocação no mercado de trabalho, muitas vezes, atrapalha e
desestimula a continuidade dos estudos, ampliando os números da evasão escolar.
Neste sentido, a pesquisa demonstra que os jovens trabalham com uma carga
horária acima do limite legal, colaborando para o afastamento dos bancos
escolares. Além do que, o rendimento recebido pelos jovens varia entre um e
dois salários mínimos.
A falta de uma
perspectiva profissional para os milhares de jovens brasileiros é um fator
preponderante de desagregação social e de aumento da criminalidade. Baseados
nestes dados, concluímos que é preciso fomentar a economia brasileira e gerar
os empregos de que o país precisa. Um dos maiores especialistas em desemprego
do país, Márcio Pochmann, em uma entrevista dada em 2000, já alertava sobre o
assunto dizendo o seguinte: “Como há pessoas disponíveis e não há vagas para
serem ocupadas, isso gera um acirramento da competição no interior do mercado
de trabalho. Os postos de trabalho que eram tradicionalmente ocupados pelos
jovens estão sendo hoje ocupados por adultos. É por isso que as empresas dizem
que o jovem não tem preparação.” No mundo inteiro, hoje, temos o maior número
de adolescentes de toda a história da humanidade. Por isso, precisamos investir
nos jovens, promover o seu desenvolvimento, criar perspectivas favoráveis para
o seu futuro e apoiar sua participação integral na sociedade.
Adaptado
de discurso pronunciado em 14 de setembro de 2006
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